Diabetes gestacional define-se como um aumento da glicemia identificado ou diagnosticada pela primeira vez na gravidez, e é o problema metabólico mais comum na gestação.
O diagnóstico é feito através de um teste de glicemia em jejum, que deve ser realizado por toda grávida. Um valor de glicemia em jejum igual ou superior a 92 mg/dl e menor que 126 mg/dl estabelece o diagnóstico de diabetes gestacional.
Idade materna mais avançada, sobrepeso ou obesidade, ganho de peso excessivo na gestação, síndrome dos ovários policísticos, diabetes gestacional prévia, hipertensão arterial sistêmica e gestação gemelar são fatores de risco para o diabetes gestacional.
Para o tratamento, primeiramente consideramos a terapêutica não farmacológica, na qual a terapia nutricional é essencial. Atividade física leve (como caminhada) deve ser incentivada por, pelo menos, 30 minutos por dia. A terapia farmacológica deverá ser utilizada caso o valor da glicemia não se ajuste, podendo ser utilizados medicamentos orais ou insulina.
O diabetes gestacional pode gerar complicações e prejuízos à saúde materna e fetal a curto e longo prazo. A hiperglicemia intrauterina pode levar a macrossomia fetal ( peso do feto acima de 4 kgs), hipoglicemia, fratura de clavícula, lesão do plexo braquial e necessidade de admissão em UTI neonatal.
Nos casos em que não há alteração do crescimento fetal ou do líquido amniótico e um bom controle metabólico, a gestação não deve durar mais que 39 semanas e 6 dias.
No restante dos casos, a idade gestacional do parto deve ser individualizada.
Em relação à via de parto, o parto normal é preferido, mas se há alguma complicação materna e/ou fetal devemos considerar uma cesárea eletiva.
Texto produzido pela afilhada @iiiiiara
Dra. Larissa Cassiano
Ginecologista e Obstetra
CRM- SP: 156.886 RQE: 65997
