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DRA LARISSA CASSIANO

Ginecologista e Obstetra

Mioma uterino

Mioma (ou leiomioma) é um tumor ginecológico benigno muito comum. Sua prevalência aumenta com a idade, atingindo o pico em mulheres na faixa dos 40 anos. Como seu aparecimento está associado principalmente à produção hormonal, a incidência dos miomas diminui depois da menopausa.

A maioria dos casos, cerca de 75%, são assintomáticos e descobertos ocasionalmente durante algum exame. No entanto, eles podem causar alterações menstruais, anemia e problemas de fertilidade, além de impacto negativo na vida sexual, performance no trabalho e em relacionamentos das mulheres acometidas.

Os sintomas estão relacionados ao tamanho, número e à localização dos miomas, tendo o intenso sangramento vaginal como sintoma mais comum pressão pélvica, disfunção intestinal e sintomas urinários podem estar presentes.  

O diagnóstico é feito através da história clínica, do toque vaginal, da ultrassonografia convencional, 3D e ressonância magnética.

A maioria dos miomas são assintomáticos, não requerem tratamento; o acompanhamento e o exame ginecológico de rotina são suficientes no seu cuidado. Já os miomas sintomáticos necessitam de tratamento individualizado, considerando a idade da paciente, o desejo de gestação, os sintomas, o tamanho e a localização dos miomas.

O tratamento, por sua vez, pode ser medicamentoso utilizando-se anticoncepcionais orais, progestágenos, antiprogestágenos, análogos do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), Mirena e anti-inflamatórios, cirúrgico e a embolização.

A falha no tratamento clínico associada a sangramento uterino anormal em situações em que a mulher já possua filhos ou não tenha desejo de gestação são indicações de histerectomia (retirada do útero). Já as pacientes que desejam engravidar a miomectomia (retirada de miomas) é a melhor opção. Uma outra opção, a embolização da artéria uterina (que causará infarto do mioma e consequente redução de seu tamanho), deve ser considerada se a paciente tem contraindicação, não deseja engravidar ou não quer se submeter aos riscos cirúrgicos.

Algumas situações em que os miomas tem indicação de retirada:

– Pacientes com mioma e infertilidade;

-Hemorragia aguda que não responde a outros tratamentos;

– Miomas maiores de 5 centímetros;

– Pacientes com filhos e risco aumentado para outras doenças:  endometriose, adenomiose, hiperplasia endometrial, risco aumentado de câncer uterino ou ovariano.

Texto em parceria com a afilhada Iara Paiva

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