A doação de oócitos é uma das técnicas de Reprodução Assistida. Ocorre por meio de estimulação ovariana de uma mulher fértil (doadora) a qual terá seus gametas retirados e doados para uma mulher com o desejo de engravidar e que não consiga pelo método convencional (receptora). Após esse processo, o oócito será submetido à Fertilização in Vitro (FIV) e o embrião será implantado no útero da receptora. A ovodoação é realizada de forma voluntária, anônima e sua comercialização é proibida no Brasil. (CFM nº 2.168/2017)
É a forma de uma mulher que não tem mais estoque de óvulos recebe-los de outra mulher para que ela consiga engravidar.
Quem pode fazer?
A doação de oócitos pode ser realizada por mulheres com até 35 anos sem doenças pré existentes como as decorrentes de determinação genética e infecções sexualmente transmissíveis. Para ser receptora, a idade de início do tratamento também varia, mas não é permitida a implantação de embrião em mulheres com mais de 50 anos (CFM nº 2.168/2017).
Como é feita?
Devido a comercialização de gametas ser proibida no Brasil, o alto preço dos procedimentos de RA e não haver frequentes iniciativas de mulheres totalmente férteis em doar seus óvulos, muitas clínicas particulares praticam a ovodoação compartilhada. Dessa forma, as receptoras e a clínica custeiam o tratamento de fertilidade de uma paciente que também tem interesse em fazer RA e possui gametas viáveis, mas não tem condições financeiras para arcar com o tratamento. Sendo assim, a paciente subsidiada doa os ovócitos saudáveis que não utilizará em seu processo às pacientes pagantes cujos gametas são inviáveis e desejam realizar FIV.
No SUS, a Reprodução Assistida está disponível em 12 unidades hospitalares públicas distribuídas nas capitais Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Natal, Porto Alegre, Recife e São Paulo.
Texto em parceria com a afilhada @nathaliaarndt
Dra. Larissa Cassiano
Ginecologista e Obstetra
CRM: 156.886
RQE: 65997
