Primeiramente é importante diferenciar relactação de indução à lactação. A primeira ocorre quando uma pessoa, que já esteve grávida e amamentou, torna a produzir leite e alimentar um bebê. Já a segunda se caracteriza pelo aleitamento natural sem que seja necessária uma gravidez prévia. Em ambos os casos, pode haver necessidade ou não de uso de galactagogos (substâncias que estimulam a produção de leite).
A técnica de relactação é utilizada em situações de dificuldade de amamentação oriundas da pessoa nutriz ou do recém nascido. As causas vinculadas a quem amamenta podem ser descida tardia do leite, pós-parto imediato, uso de medicamento que dificulte a produção do leite, ter produção menor em uma ou ambas as mamas, desejo ou necessidade de amamentar a criança não gestada pela nutriz. Quanto às causas vinculadas ao lactente, podem ser hipotonia muscular, comprometimento neurológico que dificulte a sucção, prematuridade ou reintrodução do leite humano natural devido à alergia a alimentos após o desmame.
Atualmente, a técnica consiste no uso de uma sonda nasogástrica nº4 ou nº 6 com a ponta aparada e fixada com fita alergênica no mamilo da pessoa lactante e ambos, mamilo e extremidade da sonda, são abocanhados pela criança no processo de alimentação. A outra ponta é introduzida em recipiente com leite humano doado ou fórmula infantil.
Texto produzido pela afilhada @nathaliaarndt
Dra. Larissa Cassiano
Ginecologista e Obstetra
CRM- SP: 156.886 RQE: 65997